Democracia, música e arte pautam Saraus da Alice

O Sarau da Alice gravita em torno de temas capazes de contribuir para uma sociedade mais justa e promover a arte como um meio de transformação. Também aposta em artistas visuais, artesãos, escritores e músicos de várias gerações, além de promover o intercâmbio artístico com outras cidades gaúchas.

Em tempos de instabilidade política, nada mais justo do que dedicar um Sarau inteiro à democracia, ameaçada por um processo ilegal de Impeachment. O assunto faz parte do cotidiano da Ong, que há 16 anos defende o direito à comunicação e a democratização dos meios de informação no país. Por isso, o encontro realizado no Bar do Marinho (Rua Sarmento Leite, 962 – Cidade Baixa) no dia 10 de maio foi todo dedicado à sua defesa.  Na ocasião, apresentaram-se  os jovens talentos Eduardo Guterres, bacharelando de música na UFRGS, e Alice Gross Heinehr, que traz na bagagem o Projeto Prelúdio da UFRGS.

Já na edição de junho, o destaque foi o violonista, cantor e compositor Killy Freitas, de Santa Cruz.  Com mais de 25 anos de carreira, Killy recebeu duas indicações ao Prêmio Açorianos, em 2012. No anos seguintes conquistou o Prêmio Destaque em Música pela Academia de Artes e Letras do Estado. Ele tem dois Cds gravados, realizou duas temporadas na Espanha, gravações no Chile, Uruguai e apresentações em outros estados do Brasil, tais como RJ, Brasília, Minas Gerais, Bahia, entre outros. Seu último Cd Café Frio, em parceria com o escritor chileno Antonio Skármeta (autor do clássico do cinema O Carteiro e o Poeta), foi considerado pela crítica especializada uma das melhores produções fonográficas do Estado em 2015. Este trabalho venceu o Prêmio Açorianos de Música do ano passado na categoria de instrumentista de MPB (Pedrinho Figueiredo).

Entre as atrações permanentes do Sarau, batem ponto os craques do Batuque de Cordas, formado pelos violonistas Vinícius Correa e Claudio Veiga, e também dos talentosos Cristiano Hanssen e Nivaldo José. O público ainda pode apreciar o Bazar dos Arteiros, onde são expostas e comercializadas obras produzidas por cartunistas, fotógrafos, artesãos, músicos e escritores.

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