Projeto Direito à Memória e à Verdade já foi visto por 1.5 milhão de pessoas

            O projeto Direito à Memória e à Verdade recupera uma passagem histórica vital para a consciência crítica do povo brasileiro, por meio da realização de exposições fotográficas e seminários, além da instalação de memoriais. Os eventos já ocorreram em 35 cidades brasileiras e do Cone Sul e já foi visto por 1,5 milhão de pessoas em dois anos. Iniciado em 2007, com a publicação de um livro homônimo – que condensa a história dos mais de 300 mortos e desaparecidos durante os Anos de Chumbo –  o projeto é desenvolvidos pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos em parceria com a Fundação Luterana de Diaconia, contando com o apoio da Agência Livre para Informação, Cidadania e Educação (Alice). 

Deliberadamente suprimidas ou camufladas pela história oficial, as chagas produzidas pelos governos militares são ilustres desconhecidas para a maioria da população, em especial os jovens. Embora o levantamento dos crimes cometidos durante este período ainda esteja longe de ser concluído, sabe-se que pelo menos 50 mil cidadãos brasileiros foram presos somente nos primeiros meses da ditadura militar, cerca de 20 mil passaram por sessões de tortura e 356 morreram ou desapareceram, conforme levantamento da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos da SEDH-PR. Além disso, existem 7.367 acusados e 10.034 atingidos na fase de inquérito em 707 processos judiciais por crime contra a segurança nacional. Isso sem falar nas milhares de prisões políticas não registradas, nas quatro condenações à pena de morte, nos 130 banidos, 4.862 cassados, nas levas de exilados e nas centenas de camponeses assassinados.

            Nos quatro primeiros meses deste ano do ano foram realizadas atividades nas cidades de Belém do Pará – durante o Fórum Social Mundial – Recife, Florianópolis e João Pessoa e Ouro Preto. Até o final de 2009 já estão confirmadas programações em Natal, Recife novamente, Fortaleza, São Leopoldo, Porto Alegre, Pelotas, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Salvador. No exterior, o projeto deve percorrer as capitais Assuncão (Paraguai) e Montevidéu (Uruguai), além da cidade portuguesa de Coimbra.

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